sábado, 14 de julho de 2012

A comunicação de Mitt Romney e casos lusófonos


A pré-campanha nos Estados Unidos está animada. O republicano Mitt Romney respondeu aos incessantes ataques de Barack Obama reforçando a sua equipa de comunicação (ver aqui). Romney, que no "slogan" da sua campanha diz acreditar na América, demonstra saber o essencial: só comunicando bem poderá chegar à presidência dos EUA. Para isso precisa de ter os melhores ao seu lado. Não só os que são bem informados, mas também os que sabem comunicar com eficácia essa informação. O segredo de uma boa comunicação política está aí. 
Numa sociedade mediática, onde a informação circula instantaneamente, a má informação combate-se com boa informação. Só assim é possível desviar o foco mediático deste do daquele assunto. Para isso é preciso ter gente competente nos gabinetes e fora dos gabinetes. Gente que trabalhe, gente que investigue e que conheça profundamente o terreno que pisa.
Se olharmos para o que se passa em Portugal ao nível da comunicação, será fácil encontrar grandes organizações onde nem sequer há quem saiba redigir um comunicado (ver aqui um exemplo). Isto para não falar de um Ministério do Governo que ainda há dias anunciou em "Diário da República" ter contratado um elemento de um dos partidos da coligação governamental (ver aqui). 
A propósito da polémica licenciatura do ministro Miguel Relvas, a Universidade Lusófona, que era suposto saber comunicar com os "media", também nos deu abundantes exemplos de má comunicação, desde o primeiro dia, em que avistámos na televisão o ex-reitor Fernando Santos Neves a ser questionado por jornalistas no meio da rua, em andamento, fugindo para um beco sem saída, como sabemos agora (ver aqui).
Estes casos desagradáveis são reveladores de falta de profissionalismo na comunicação das instituições. A falta de profissionalismo é notória numa situação de crise. É nesses momentos que as organizações que contrataram o amigo conhecido em vez do profissional competente pagam a factura.

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