A
questão é sensível e polêmica. Mas não pode deixar de ser colocada. Hoje,
sabemos que o Governo português contratou para seu principal consultor, com
responsabilidade por muitos negócios públicos importantes, nomeadamente na área
das privatizações e da renegociação das parcerias público-privadas, um homem com
graves problemas de saúde, o economista António Borges, que estava a lutar
contra um cancro no pâncreas, diagnosticado em 2010, tendo falecido neste
domingo, aos 63 anos de idade.
A
questão é saber até que ponto a doença afetou, ou não, o economista António
Borges nas suas decisões, nos seus conselhos ao Governo e nas opiniões
expressas publicamente, nos últimos meses da sua vida. Ironicamente, António
Borges era um defensor acérrimo do programa de austeridade, que está empobrecendo
as famílias portuguesas e a economia. Há
um livro muito interessante que fala sobre isso, do político inglês David Owen,
intitulado precisamente “Na Doença e no Poder”. A partir do caso de António
Borges, penso que o tema deveria subir à agenda mediática portuguesa para ser
debatido sem preconceitos. http://migre.me/fRhB7
Obs.
– António
Borges foi um liberal que representou os interesses da alta finança
internacional. Mesmo assim, estou triste pela sua morte. E continuo sem
compreender como é possível que os senhores do mundo não consigam descobrir a
cura para uma doença tão mortal como o câncer.
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