A
apresentadora de televisão Bárbara Guimarães acusa Manuel Maria Carrilho, marido
e antigo ministro da Cultura, de violência doméstica continuada. Carrilho nega
e contra-ataca, garantindo que Bárbara é alcoólica.
Para
a imprensa sanguinária e ávida de audiências, assim como para a “imprensa do coração”, esta novela mexicana em exibição
em Portugal é um festim. É nestes momentos que se discute a exibição da vida
privada no espaço público mediático. No caso, Bárbara Guimarães e Manuel
Maria Carrilho só estão a colher os frutos da sementeira que fizeram nos meios de comunicação enquanto durou o romance. É preciso não esquecer que as fotografias do
casamento foram vendidas em exclusivo, curiosamente, a uma revista de um
semanário de referência, o jornal “Expresso”.
Agora,
o mundo cor-de-rosa está ruindo como um baralho de cartas. E as duas carreiras profissionais
parecem desfazer-se – num espaço público onde os meios de comunicação são vorazes e não têm contemplações,
não se importando minimamente com o impacto da refrega privada na vida frágil dos
filhos das criaturas.
Com este episódio doméstico rocambolesco, Bárbara e Carrilho deixaram de ser modelos públicos para serem consumidos pelas massas. Talvez ainda tenham mercado e consigam um lugar na “Casa
dos Segredos”. É que, doravante, não sei quem vai querer Bárbara Guimarães na
apresentação de um programa de televisão, nem quem vai ter confiança em Manuel
Maria Carrilho a dar aulas ou a fazer análises políticas. O sistema mediático
tem destas coisas. Quando trucida não deixa pedra sobre pedra.
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