terça-feira, 16 de abril de 2013

Susan Fournier e o amor às marcas


Os estudos sobre o amor às marcas ainda são recentes. Eles decorrem das propostas para relacionamentos com marcas apresentadas pela investigadora norte-americana Susan Fournier, em finais da década de 1990.
O amor e a fidelidade dos consumidores às suas marcas preferidas é uma das questões mais fascinantes do universo do marketing e da comunicação. As conexões com as marcas e os laços afetivos tornam-se diferenciais difíceis de copiar porque tendem a ser únicos. É possível fazer uma calça igual a uma Levis ou uma bolsa parecida com a Louis Vuitton, mas com marcas desconhecidas e sem laços afetivos a atratividade e o preço ficam aquém das marcas mais admiradas.
Com base em estudos sobre o comportamento de clientes de bens de consumo, e utilizando uma metodologia de base etnográfica, Susan Fournier, professora de Marketing na Universidade de Boston, sugere tipos de relacionamento entre a marca e o consumidor, envolvendo relações que vão desde casamentos duradouros a encontros ou amizades casuais, passando por melhores amizades, amizades de infância e relações secretas, entre outros.
Nesta perspectiva, Susan Fournier questiona muitas das teorias de marketing de relacionamento estabelecidas, salientando que todos nós somos indivíduos, com propósitos completamente diferentes. Por isso, uma marca não pode partir do princípio que todos os clientes querem o mesmo tipo de relacionamento. Porque todos os seres humanos são diferentes. Na opinião de Susan Fournier, as relações com os clientes devem ser assumidas numa perspectiva psicológica e sociológica, tendo em conta os diferentes tipos de relações humanas, que, segundo ela, têm paralelos no mundo dos relacionamentos com os clientes.
A ideia central de Susan Fournier é que os consumidores estabelecem relações com as marcas porque elas proporcionam benefícios funcionais e porque, pura e simplesmente, gostam delas. Ou seja, estamos perante um caso de amor. Os clientes tendem a estabelecer relacionamentos com as marcas na medida em que as associações mentais que a elas fazem acrescentam valor e significado à sua vida.
Alguns desses significados podem ser de cariz funcional, uma vez que resultam da componente utilitária das marcas. Mas outros podem ser emocionais em virtude dos sentimentos que proporcionam aos consumidores. No fundo, os clientes também são pessoas!... Assim, o amor à marca corresponde a extremos, tal como o ódio. Quando amamos uma marca, escolhendo-a em detrimento de outra, como nas relações humanas, isso significa a existência de laços afetivos fortes e positivos com os fabricantes da marca eleita, os quais representam o sonho de qualquer agente de marketing.

Leituras complementares:

2 comentários:

Paulo Moreira disse...

Segundo um estudo da LSE (Satoshi Kanaza,2011, Journal Intelligence, London School of Economics), as pessoas sexys têm um QI superior à média.

Nesse sentido, será mais fácil a uma marca conquistar o "amor" do consumidor, se esta for uma "marca sexy".
PM

Paulo Moreira disse...

Segundo um estudo da LSE (Satoshi Kanaza,2011, Journal Intelligence, London School of Economics), as pessoas sexys têm um QI superior à média.

Nesse sentido, será mais fácil a uma marca conquistar o "amor" do consumidor, se esta for uma "marca sexy".
PM