No
Brasil, as redes sociais de nicho ainda estão mais para tendência promissora do
que para uma oportunidade palpável de lucro. Mas uma “startup” de São Paulo tem
planos de inverter essa história. A Ology,
empresa do casal Giovana Pieck e Marc Schipperheyn, acaba de lançar uma rede
social em que só entram médicos, e onde eles se ajudam a fazer diagnósticos e
até medicar os pacientes. A proposta é conquistar o engajamento de 60 mil
profissionais e faturar R$ 700 mil no primeiro ano. Confira: http://migre.me/fb5vg.
terça-feira, 25 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Publicidade da Fiat virou hino dos protestos
Muito
antes de imaginar que os brasileiros iriam sair em massa para as ruas em
protestos contra a corrupção e pela ética na política, o
marketing da Fiat elegeu a rua como a maior arquibancada do Brasil,
aproveitando o momento gerado por grandes eventos do futebol internacional,
como a Copa das Confederações 2013 e a Copa do Mundo 2014. Surgiu então a campanha
justamente intitulada “Vem para a Rua”, para funcionar como uma nova plataforma
de comunicação da marca italiana, inspirada na ligação do povo brasileiro com o
futebol, com o objetivo gerar um engajamento entre os brasileiros,
incentivando-os a irem às ruas torcer pelo Brasil.
A
canção “Vem para Rua”, interpretada pelo vocalista Falcão do grupo “O Rappa”,
tornou-se o principal lema dos protestos que tomaram proporções nacionais. A
música tem sua versão em videoclipe, que circula nos canais proprietários da
fabricante nas redes sociais (www.facebook.com/fiatbr; www.youtube.com/fiat), e
também no hotsite (www.fiat.com.br/vemprarua), onde é possível fazer o
download.
A
publicidade, como qualquer ação de comunicação, também vive do momento e do contexto. E a mudança do contexto político-social
brasileiro alterou a percepção dos públicos em relação à campanha publicitária
da Fiat, suscetível de gerar uma crise na comunicação da marca. A verdade é que, com a onda de manifestações que se instalou nas ruas
brasileiras, a campanha da Fiat “Vem pra Rua” virou um verdadeiro “hino” da
revolta popular. Em princípio, o que foi muito bom para a marca se
transformou num problema, em função do aumento da escalada de protestos –
gerando uma situação de aparente identificação da Fiat com a desordem nas ruas, incompatível
com os valores da marca. Por isso, a Fiat decidiu retirar a campanha do ar, já
este sábado, dia 22 de junho (confira: http://migre.me/f7tVB).
E, quando voltar, será com outro foco e outra trilha sonora.
O
diretor de marketing da Fiat em Cannes comentou o caso brasileiro e falou sobre
a inversão de valores: o povo se utilizando da cultura da propaganda e não a
propaganda se alimentando da cultura popular. Em França, o “Le Monde” também
abordou o assunto em sua página sobre cultura. Se por um lado a imprensa
internacional tem dado destaque às manifestações, por outro, o periódico francês
foi o único, até agora, a comentar a ligação das manifestações com a propaganda
da montadora italiana. “A composição do grupo de rock-reggae-funk ‘O Rappa’
tinha um propósito diferente do que eletrificar multidões de manifestantes, mas
o título foi muito bom para as centenas de milhares de manifestantes”, publicou
o maior jornal francês em seu site.
Antes
das manifestações, João Ciaco, diretor de publicidade e marketing de
relacionamento da Fiat, explicava a campanha com argumentos válidos: “Somos
líderes em vendas no Brasil há 11 anos e, por isso, as ruas são tão importantes
para nós. É lá que queremos que as pessoas celebrem, em um espaço de grande
interação. Com tantos eventos esportivos importantes, temos uma oportunidade de
nos conectar ainda mais com os nossos consumidores e usar todo nosso
conhecimento e presença para transformar as ruas em uma grande arquibancada.”
Confira: http://migre.me/f7twy.
Tal
como aconteceu no Palácio do Planalto, também a direção de marketing da Fiat foi
surpreendida pelas enormes movimentações nas ruas brasileiras. A retirada da campanha publicitária foi
uma decisão bem difícil. Mas não havia alternativa, sob pena de a Fiat se
transformar num agitador social.
terça-feira, 18 de junho de 2013
A emergência de um novo Brasil
O
Brasil não é mais o mesmo e está sob os olhos internacionais, nesta altura da
FIFA, que não quer ver o seu negócio prejudicado na Copa de 2014. Enquanto está
sendo disputada a Copa das Confederações, emerge um outro Brasil, até agora
desconhecido, que sai em peso para as ruas, enfrentando a polícia e se levantando
contra os altos investimentos em estádios de futebol, contra a corrupção,
contra a violência gratuita e a impunidade da justiça, contra a falta de ética
na política. Um Brasil que está clamando por mais educação, por mais saúde e,
principalmente, por um um País socialmente mais justo na distribuição de seus
recursos. É um novo Brasil, com uma agenda social mais avançada – própria de um
País que tem dado passos de gigante rumo ao desenvolvimento e de uma sociedade que
toma consciência do seu papel.
Na
abertura da Copa das Confederações, a Presidente Dilma Roussef foi humilhada
com vaias da multidão no novo Estádio Nacional, em Brasília. Há vários dias, os
brasileiros estão na rua contra o sistema. A informação, em texto, som e
imagens, transita à velocidade instantânea da Internet, em liberdade, sempre à
frente da mídia tradicional.
A
Internet tem tido um papel fundamental na organização das manifestações. Em São
Paulo, por exemplo, o evento criado no Facebook para a manifestação desta
segunda-feira teve 276 mil confirmações. Nos últimos cinco dias, a onda de
protestos transformou-se quase em um tema único na rede, dominando publicações
no Twitter, Facebook e também no YouTube. Segundo uma estimativa divulgada pelo
jornal “Estado de São Paulo”, “os compartilhamentos impactaram potencialmente mais de 79 milhões de internautas até a noite de segunda-feira, 17”, ou seja,
quase metade da população do Brasil.
Tudo
começou em São Paulo com a subida do preço do bilhete de ônibus. Mas o
descontentamento alastrou a todo o País, como uma mancha de óleo. Na noite desta segunda-feira, por exemplo, milhares de pessoas, em Brasília, invadiram as instalações do Congresso Nacional, gerando uma imagem simbólica de
tomada de poder pelo povo. São imagens que estão correndo o mundo.
Tal
como em outros pontos do globo, esta não é uma luta de esquerda nem de direita.
“O povo, unido, governa sem partido”, gritam os manifestantes. É uma luta por
um sistema diferente, por políticas públicas com outras prioridades e por uma
sociedade mais justa na distribuição da riqueza.
A
classe política brasileira parece ter sido apanhada de surpresa, ficando
baralhada, a um ano das eleições presidenciais. A polícia também parece
impreparada para este tempo novo, procurando ainda o registro certo para enfrentar as multidões. A
situação é grave. E ninguém sabe como tudo isto vai acabar.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
João Pinto e Castro (1950-2013). Uma perda para o marketing
Considerado
um dos mais lúcidos analistas da economia e da sociedade portuguesas, João
Pinto e Castro, morreu sexta-feira, 14 de junho, vítima de doença. Era
docente universitário e diretor-geral da empresa de marketing e comunicação Ology. Mas não só. Guardo dele
a imagem de um especialista em marketing contemporâneo, após ter lido “Marketing Ombro a Ombro”, o livro que lançou em 2011.
“O
‘Marketing Ombro a Ombro’ é um livro de marketing diferente do habitual.
Diferente porque o mundo está diferente; os consumidores atuam de maneira
diferente e por isso o marketing terá, forçosamente, de ser diferente”, avisava
Pinto e Castro num livro bem desenhado, escrito num estilo atraente, quase informal, mas denso, sobre o
novo marketing, no qual o autor explica que “as empresas já não podem olhar para os
seus clientes de cima para baixo pois os consumidores ganharam poder e
aprenderam a exercê-lo”. É sobre esta ruptura do marketing intrusivo, da sua
transformação para o marketing ombro a ombro, que constrói relacionamentos entre marcas e organizações e seus públicos, que
trata o livro que João Pinto e Castro deixou como herança.
No
“Jornal de Negócios”, a jornalista Helena Garrido lembra também que João Pinto
e Castro, enquanto economista, era crítico da política de austeridade em curso em
Portugal e na Europa. Confira e perceba o pensamento do autor: http://migre.me/f3ayL.
Na
sua última crônica no “Jornal de Negócios", em 30-04-2013, João Pinto e
Castro conseguiu sintetizar numa única frase uma visão social-democrata sobre o
sistema capitalista: "Quem reconhece os méritos do capitalismo como
máquina geradora de bem-estar deve simultaneamente aceitar que eles só ocorrem
no quadro de uma sociedade organizada respeitadora da dignidade humana, sem
esquecer que antes dos direitos dos produtores e dos consumidores estão os dos
cidadãos." Confira a crônica na íntegra: http://migre.me/f39XX.
João Pinto e Castro nasceu no Porto, licenciou-se
em economia e doutorou-se em marketing. Professor, empresário, economista,
pensador. Um valor incontornável do pensamento português, nestes tempos marcados pela crise econômica. E uma carreira profissional sempre ligada à comunicação e ao marketing, cujo saber tornou público nos livros "Marketing Ombro a Ombro" e, também, na "bíblia" portuguesa "Comunicação de Marketing", das Edições Sílabo. Ia fazer 63 anos no dia 8 de agosto de 2013. A sua morte é uma perda para o marketing e para a comunicação empresarial. "Marketing Ombro a Ombro",
um
bom livro sobre
o marketing contemporâneo,
que
João Pinto e Castro editou em 2011.
sábado, 15 de junho de 2013
Minas Gerais lança passaporte turístico inédito no Brasil
A
partir de hoje os turistas que visitem Belo Horizonte e cidades
envolventes, no Estado de Minas Gerais, passam a contar com um cartão para
facilitar o acesso a locais culturais e turísticos, como igrejas e museus, e garantir descontos e
benefícios aos usuários. O cartão, que o secretário de Estado de Turismo de Minas Gerais apresenta como inédito no Brasil, pode ser adquirido pela Internet (www.minasgerais.com.br) e pago com
cartão de crédito. Cada MinasPass custa R$ 50 para a visitação e será aceito em
locais turísticos e localidades num raio de até 150 quilômetros a partir de
Belo Horizonte. É uma excelente ação de marketing territorial, porque é capaz de transmitir ao turista a grandeza integrada de um território.
O
objetivo do passaporte turístico MinasPass é gerar um diferencial de comodidade
e economia no acesso a produtos e serviços turísticos. A ferramenta também visa
fomentar o trabalho em rede de empresas ligadas aos segmentos de negócios e
eventos, além de estimular a ampliação da permanência do visitante e aumento da
renda gerada durante sua estada. A vantagem competitiva do MinasPass é fornecer
ao turista, por meio de um único passaporte, acesso a vários atrativos
turísticos, além de benefícios e descontos nos serviços oferecidos em Belo
Horizonte e em localidades situadas a um raio de 150 quilômetros da capital,
como Ouro Preto, Mariana e Rio Acima.
“É
uma ideia que vem ao Brasil pela primeira vez, mas que a gente pode expandir,
no futuro, para outras cidades. Nós esperamos vender, durante a Copa das
Confederações, cerca de 10 mil passaportes”, afirmou o secretário de Estado de
Turismo de Minas Gerais, Agostinho Patrus. Confira: http://migre.me/f23SA.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Rio de Janeiro sedia encontro nacional de assessores
Os caminhos e o papel da assessoria de
imprensa estarão em pauta no Rio de Janeiro, entre os dias 22 e 25 de agosto.
Trata-se do XIX Encontro Nacional de Assessores de Imprensa (ENJAI), que vai
acontecer no Rio’s Presidente Hotel, com organização da Federação Nacional dos
Jornalistas (FENAJ) e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município
do Rio e apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio. O
tema da décima nona edição do encontro é “A Assessoria de Imprensa nos
grandes eventos e o interesse público do Jornalismo”.
Profissionais de empresas de assessoria e
da comunicação de competições esportivas vão debater o assunto em quatro
painéis, distribuídos ao longo de quatro dias do evento. Entre os debatedores
confirmados estão o gerente de imprensa da Petrobras, Lúcio Pimentel, e o
gerente de esportes do UOL, Murillo Garavello. Confira: http://migre.me/f0F5p e http://migre.me/f0F7j.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Pessoas que vivem sozinhas desafiam agentes de marketing
Domicílios
com um só morador estão se tornando um traço cada vez mais dominante na
sociedade britânica – uma das mais desenvolvidas do mundo. É uma mudança social
que força empresas e marcas a revisar suas mensagens de marketing naquele
mercado europeu. Os domicílios com pessoas que vivem sozinhas são uma tendência
nos países considerados desenvolvidos.
Os
mais recentes dados de recenseamento do Reino Unido mostram que os domicílios
de um só morador existem em número mais de duas vezes superior aos domicílios
familiares tradicionais, com pai, mãe e filhos. O número subiu em 1 milhão,
para 7,1 milhões em 2011, ante o recenseamento anterior, de 2001. Isso equivale
a 30% dos domicílios na Inglaterra e País de Gales, e faz dos domicílios de um
morador a maior categoria entre os domicílios.
A
tendência de morar sozinho está forçando empresas a adaptar estratégias de
marketing a fim de refletir a perda de importância da família tradicional. No
entanto, os domicílios com um morador estão longe de formar um grupo homogêneo.
São ainda mais dificuldades para os agentes de marketing e comunicação. Confira
a matéria do “Financial Times”, publicada pela “Folha de São Paulo”:
http://migre.me/eQVBd.
A comunicação “desastrosa” das Finanças de Portugal
Um
estudo desenvolvido por uma empresa tecnológica portuguesa, divulgado neste
domingo, 2 de junho de 2013, considera que o interface do portal do Ministério
das Finanças na Internet para a entrega do Imposto de Rendimentos Singulares
(IRS) é “desastroso” para os utilizadores, apresentando “linguagem altamente
técnica e indecifrável para o cidadão comum" ou “falta de informação e
informação desenquadrada”.
Na opinião de José Campos, investigador na Universidade de Coimbra, "a plataforma não cumpre o objetivo para a qual foi criada – a de facilitar a vida aos cidadãos". Mais: "Não está orientada para as pessoas. Em vez disso, reflete a lógica complexa das Finanças. Não é de estranhar que muitas pessoas paguem a contabilistas ou peçam a amigos para fazerem a declaração por eles.” Confira
aqui: http://migre.me/eQyLo.
A propósito desta notícia, lembro que, em 18 de Abril de 2012, quando o ministro das Finanças de Portugal, o tecnocrata ultraliberal Vítor Gaspar, era endeusado ou encarado com aceitação e curiosidade, escrevi no blogue COMUNICAÇÃO INTEGRADA precisamente sobre a “péssima comunicação” do Ministério das Finanças com os portugueses. Assim:
A propósito desta notícia, lembro que, em 18 de Abril de 2012, quando o ministro das Finanças de Portugal, o tecnocrata ultraliberal Vítor Gaspar, era endeusado ou encarado com aceitação e curiosidade, escrevi no blogue COMUNICAÇÃO INTEGRADA precisamente sobre a “péssima comunicação” do Ministério das Finanças com os portugueses. Assim:
“Quando penso
numa instituição que seja péssima a comunicar com os cidadãos lembro-me
imediatamente do Ministério das Finanças de Portugal – uma instituição que não
está formatada para comunicar com cidadãos crescidos e responsáveis e que trata
os contribuintes como potenciais incumpridores das suas obrigações fiscais. Mesmo sendo
liderado por um homem formado nos gabinetes da União Europeia, como é o caso de
Vítor Gaspar, o Ministério das Finanças é aquela organização que só contata com
os cidadãos para lhes sacar dinheiro, usando uma linguagem codificada que
poucos entendem e escondendo a informação essencial em letras pequeninas com
remissões para leis que poucos conhecem. No fundo, os cidadãos são tratados
como crianças malcomportadas que têm de cumprir ordens de pagamento e ponto
final. (…)
Em resumo, o Ministério das Finanças não é de Portugal, nem dos portugueses. (…) Quanto à comunicação digital, o Ministério das Finanças também só permite uma comunicação unidirecional, inundando o contribuinte alegadamente faltoso com mensagens ameaçadoras. (…) O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deveria saber que um Governo também começa a cair assim. Pela quebra de confiança. E o Ministério das Finanças, na sua relação com os portugueses, não promove a confiança.” (Texto na íntegra aqui: http://migre.me/eQyJK)
Em resumo, o Ministério das Finanças não é de Portugal, nem dos portugueses. (…) Quanto à comunicação digital, o Ministério das Finanças também só permite uma comunicação unidirecional, inundando o contribuinte alegadamente faltoso com mensagens ameaçadoras. (…) O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deveria saber que um Governo também começa a cair assim. Pela quebra de confiança. E o Ministério das Finanças, na sua relação com os portugueses, não promove a confiança.” (Texto na íntegra aqui: http://migre.me/eQyJK)
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