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domingo, 11 de novembro de 2012

Fluminense e Sporting Clube de Portugal num vídeo histórico



É uma nota para a história da imagem no futebol português e no futebol brasileiro. No dia em que a equipa do Fluminense Football Club, que tem como técnico o meu amigo Abel Braga, que foi levado em ombros pelos jogadores, conquistou pela quarta vez na sua história o título de campeão brasileiro, faço uma pequena homenagem ao clube carioca, lembrando que nas primeiras imagens de um jogo de futebol filmado no Brasil, país onde o futebol é o desporto-rei por excelência, estão as equipas do Fluminense e do Sporting Clube de Portugal – curiosamente dois clubes cujas origens se inspiraram em influências britânicas do início do século XX (ver aqui).
O Fluminense-Sporting, do qual há um pequeno registo filmado, aconteceu em 29 de Setembro de 1928, no âmbito de uma digressão sportinguista por terras brasileiras. Já passaram 84 anos. Com o Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, cheio como um ovo, os brasileiros venceram 3-2 o Sporting Clube de Portugal – e não “de Lisboa”,  que os sportinguistas, como eu, não gostam nada de ouvir.
Foi também o primeiro jogo em que o Sporting – 18 vezes campeão português – apresentou a camisola com listas horizontais verdes e brancas, que ainda hoje faz parte do seu equipamento tradicional. A escolha da nova camisola foi completamente casual: os equipamentos com a camisola listada, que eram usados pela equipa de râguebi, eram mais confortáveis, sob o calor do Rio de Janeiro, e estavam em melhor estado do que os do futebol.
O documento videográfico, registando as primeiras imagens de futebolem movimento no Brasil, já foi divulgado em programas desportivos da TV Globo, mas jamais terá passado nas televisões portuguesas. Ele coloca o Fluminense Football Club e o Sporting Clube de Portugal na história do futebol e das imagens do futebol, que, como sabemos, são muito importantes para a comunicação da modalidade e dos seus protagonistas, de tal forma que é a televisão que garante o financiamento daquele que é considerado um dos maiores espetáculos do planeta.

domingo, 14 de outubro de 2012

António Oliveira dá lições de comunicação ao Sporting


António Oliveira foi um dos melhores futebolistas da história do Sporting Clube de Portugal. Se jogasse hoje representaria, certamente, os melhores clubes do mundo. Depois de ter sido campeão no FC Porto de José Maria Pedroto e de se incompatibilizar com o presidente portista Américo de Sá – o último antes de Pinto da Costa subir ao poder –, Oliveira chegou a Alvalade já com 29 anos, pela mão do presidente João Rocha, e foi campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, com Malcolm Allison como treinador, em 1981-1982. No ano seguinte, Allison foi despedido antes do campeonato começar – por causa de excessos num estágio que decorreu na Bulgária, durante três longas semanas – e Oliveira foi chamado às funções de treinador-jogador, tendo chegado aos quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Foi o primeiro e único treinador-jogador da história do clube. É o autor da frase "Por cada Leão que cair outro se levantará", que ficou imortalizada nas paredes do Estádio de Alvalade, tendo sido proferida antes de um jogo com o Benfica, no qual não participou por estar lesionado, tendo o Sporting vencido por 3-1. Hoje, aos 60 anos, Oliveira continua a dar lições ao Sporting. Desta vez, são lições de comunicação, como demonstram as declarações prestadas numa entrevista ao jornal “A Bola”. Eis as frases:  

“Diga-me quantas vezes nos últimos tempos, a não ser agora, autorizado pelo presidente ou em substituição dele, um dirigente do FC Porto falou ou deu entrevistas?”

“Diga-me quantas vezes no Sporting, por exemplo, algum dirigente que não o presidente fala ou dá entrevistas?”

“Diga-me quantas vezes o FC Porto deixa passar uma notícia antes de haver a certeza daquilo que foi a decisão dos seus dirigentes?”

“Diga-me quantas vezes o Sporting deixa passar uma notícia antes de haver a certeza daquilo que foi a decisão dos seus dirigentes?”

“Li que o presidente do Sporting estava com dúvidas em impor o nome do seu treinador. Mas então quem é o responsável máximo pelo clube? É Godinho Lopes ou é o conjunto de pessoas que pode pôr em causa o nome do treinador que o presidente quer? Há aqui uma falta de liderança enorme.”

“Por que é que, por exemplo, os treinadores nunca têm sucesso no Sporting, depois saem e têm sucesso? Então e a culpa é só dos treinadores? Ninguém mais tem culpa? Escolhe-se um treinador, diz-se que é o melhor do mundo no presente e, no futuro, tem um mau resultado e é despedido? E a cena repete-se ano após anos. No modelo do FC Porto o presidente é a equipa, o dirigente é a equipa e a equipa é o dirigente e o presidente. Noutros clubes dá-me a sensação que há uma equipa de futebol e que depois os dirigentes são outra equipa. E que, às vezes, se calhar sem querer, são quase adversários.”

António Oliveira, antigo futebolista e treinador-jogador do Sporting Clube de Portugal (1981-1984), antigo jogador e treinador do FC Porto e antigo selecionador de Portugal, “A Bola”, 14-10-2012. Frases destacadas por Rui Calafate, no blog It’s PR Stupid

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Manolo Vidal, o Leão da Galiza



Todos o conheceram como “um homem do Sporting”, mas Manolo Vidal (1930-2012), que morreu nesta terça-feira, com 82 anos, na cama do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, era, sobretudo, um homem de negócios. Embora nascido em Lisboa, considerava-se tão galego quanto os seus antepassados. Foi no futebol que se distinguiu, como atleta e dirigente do clube de Alvalade, mantendo sempre o controlo sobre os negócios que herdou do pai e dos tios.
Recentemente, Manolo Vidal foi tema no blogue COMUNICAÇÃO INTEGRADA pelo facto de ter sido alvo de um caso de violação da sua privacidade e do seu direito à imagem na cama do hospital, com uma divulgação da sua fotografia, através do Facebook de um médico amigo, mostrando-o já muito debilitado (ver aqui e aqui).
A ligação ao Sporting Clube de Portugal começou na infância. Começou a ver os jogos do Sporting com o pai e o tio no Campo Grande, em 1933. Jogou futebol nos juniores do clube e mais tarde nos seniores, sem nunca ter deixado o seu emprego. Começou no dirigismo do Sporting com apenas 25 anos de idade e esteve ligado ao arranque do futsal em Portugal. Foi ainda delegado da Liga Portuguesa de Futebol Profissional logo no seu primeiro de existência, tendo sido considerado, um dos melhores delegados da Liga.
Em 1976, ingressou no futebol formação do Sporting, a convite de César Nascimento, outra grande figura da formação do Sporting, e, em 1979, passou a integrar o futebol profissional onde tem obra meritória, tendo designadamente ajudado a ganhar os campeonatos nacionais de 1980, de 2000 e 2002 e a Taça e Supertaça também de 2002.
Na temporada 1999-2000, ficou célebre o seu confronto verbal com Pinto da Costa, de que o dirigente sportinguista saiu vitorioso,pois foi o Sporting a festejar o título nacional, o que não acontecia há 18 anos (ver aqui).
Em 1976, ingressou no futebol formação do Sporting, a convite de César Nascimento, outra grande figura da formação do Sporting, e, em 1979, passou a integrar o futebol profissional onde tem obra meritória, tendo designadamente ajudado a ganhar os campeonatos nacionais de 1980, de 2000 e 2002 e a Taça e Supertaça também de 2002.
Manolo Vidal assistiu ao lançamento da primeira pedra da Academia Sporting, tendo participado entusiasticamente na sua inauguração em 2002. No ano seguinte foi o primeiro delegado do Sporting, ao primeiro jogo disputado pela equipa principal no actual Estádio José Alvalade. Apaixonado pelo Sporting, Manolo Vidal considerava que o clube lhe tinha dado tudo.
Dos seus familiares, oriundos da Galiza, Manolo Vidal herdou padarias e caixotarias. Também geriu uma papelaria, uma firma de vidros e cristais e uma empresa de marketing, a InExtremis. Os antepassados não eram tão dotados para a bola mas jogavam em várias frentes: “O meu pai, que tinha estado primeiro no Brasil, deixou padarias”. Os tios tinham descoberto “a galinha dos ovos de ouro”: a embalagem”, contou Manolo Vidal, em tempos, entrevistado pelo “Correio da Manhã” (ver aqui). Os galegos eram muitas vezes moços de fretes. Trabalhavam nas mudanças, no transporte. Ora, não havia ninguém especializado em fabricar embalagens de madeira à medida das necessidades. Os familiares de Vidal montaram uma oficina na Rua dos Douradores. A arte ganhou um nome: caixotaria. FOTO: "A Bola"

domingo, 6 de maio de 2012

Família de Manolo Vidal censura médico da Cruz Vermelha


A família do antigo atleta e dirigente do Sporting Clube de Portugal Manolo Vidal, de 82 anos, condena o médico do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa que publicou no Facebook uma foto do antigo dirigente leonino doente na cama do hospital e quer que a fotografia seja “retirada imediatamente”. A situação foi revelada pelo blogue COMUNICAÇÃO INTEGRADA (ver aqui).
Na altura escrevi que não acreditava que tivesse havido consentimento de Manolo Vidal ou da família para que um doente com aspecto de moribundo fosse exposto como foi na página pessoal do médico. E mesmo com autorização, um médico não pode expor publicamente os seus doentes.
A verdade é que a fotografia chocou muita gente. Outras pessoas, sem questionarem a situação e movidas apenas pelo espírito solidário com a figura de Manolo Vidal, decidiram partilhar a fotografia. A verdade é que a imagem polémica está hoje em vários perfis nas redes sociais e em vários computadores pessoais. Foram feitas perto de 80 partilhas directas, a partir da página do médico no Facebook, e pelo menos, outras tantas repartilhas. Manolo Vidal foi mostrado com ar de sofrimento a todo o tipo de gente: amigos e conhecidos, mas também a eventuais inimigos e desconhecidos. Ou seja, a sua privacidade foi totalmente violada num momento de fragilidade física e psicológica. Ora, nenhum doente pode ser vítima de um caso destes. Doravante, se houver divulgação em blogues e sites, a imagem de Manolo Vidal que irá aparecer nos motores de pesquisa da Internet poderá ser a fotografia que o mostra doente ao lado de um médico com ar sorridente.
O caso chegou ao conhecimento da família de Manolo Vidal, que reagiu indignada. Victor Ollero, o seu filho mais novo, a residir em Espanha, teve conhecimento da divulgação abusiva da imagem do pai através do blogue COMUNICAÇÃO INTEGRADA, onde, num comentário já publicado, agradece “em nome da família ao Sr. Luís Paulo por ter feito esta denúncia”. E, “aos verdadeiros amigos e sportinguistas”, anuncia que já foram tomadas “as medidas para que este pseudomédico, se assim se lhe pode chamar, não volte a repetir com outros doentes o que fez com meu pai”. Por isso, solicita que a fotografia em causa seja “retirada imediatamente”, esperando que Manolo Vidal “ganhe este grande desafio e se recupere o mais depressa possível”.
Num e-mail que me enviou, Victor Ollero escreveu o seguinte:
“Meu caro amigo, sou um dos filhos de Manolo Vidal, o mais novo. Acabo de fazer um comentário no seu blogue, que espero que permita que seja visto. E aproveito para lhe agradecer, em meu nome e em nome da minha família, ter feito essa denúncia sobre esse ‘doctor’. Estaremos-lhe sempre agradecidos. E também dizer-lhe que eu vivo em Espanha, mas gostaria de ter o seu número de telefone para, na próxima vez que eu vá a Lisboa, eu poder entrar em contacto com o senhor Luís Paulo Rodrigues e agradecer-lhe pessoalmente. (…) Um grande abraço!”
Agradeço as palavras e o reconhecimento dos familiares de Manolo Vidal pela acção do blogue COMUNICAÇÃO INTEGRADA perante este caso. E espero que Manolo Vidal recupere do problema de saúde que o afecta.
Como editor de um blogue sobre comunicação, sinto que cumpri o meu dever. Fiz a análise de um caso que considerei pertinente trazer a público, por não ter dúvidas de que estava em causa um médico vaidoso que em vez de tratar da saúde do seu doente apenas cuidou do seu ego, violando a privacidade de Manolo Vidal e o seu direito à imagem. Espero que este caso sirva de exemplo para outros médicos e para outras famílias.
Este caso diz-nos também que as redes sociais não são brincadeira de miúdos. Uma fotografia no Facebook ou em outra rede social qualquer espalha-se muito rapidamente. O impacto é igual ou maior ao da publicação num jornal. Uma página no Facebook é um espaço público mediático como um jornal ou uma revista.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Manolo Vidal está muito doente. Vi no Facebook...


Nesta quarta-feira recebi uma notícia que me deixou triste: Manolo Vidal, antigo jogador e dirigente do meu Sporting Clube de Portugal, que foi responsável pelo futebol de Alvalade quando o clube foi campeão nacional, em 1980 e 2000, está a lutar pela vida no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa. Igualmente triste foi o meio como soube dessa notícia: uma pessoa amiga enviou-me um “e-mail” para manifestar a sua indignação pelo facto de um médico do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa ter utilizado a sua página pessoal no Facebook para se mostrar ao mundo, sorridente, ao lado de um doente com aspecto de moribundo, numa cama do hospital, precisamente Manolo Vidal. Um caso grave e vergonhoso, porque demonstra uma enorme insensibilidade em relação a uma pessoa doente, que vê a sua privacidade violada de forma assustadora, dentro de um hospital.
Não acredito que Manolo Vidal, de 82 anos, tenha dado autorização para ser exposto desta maneira no Facebook, nem ele estaria em condições de dar essa autorização, dada a situação de debilidade em que se encontra. Assim como não acredito que o médico em causa, João Franklin Gonçalves, tenha agido por mal, pois, ao revelar-se amigo dele, deve ser dos primeiros a querer que Manolo Vidal recupere do seu problema de saúde, como, aliás, se deduz pelo teor da legenda que escreveu, no dia 28 de Abril (ver aqui): “Um grande e caloroso abraço a um grande sportinguista (e amigo!), a passar por momentos difíceis e a lutar pela vida! Força Manolo, que tens alma e garra de leão!!!”
De resto, ao reagir a críticas de internautas, o João Franklin Gonçalves dá a sua versão: “A foto (tirada com o seu consentimento!) pretende ser uma expressão de solidariedade humana e nada mais do que isso! Que fique bem claro que não houve qualquer "invasão de privacidade"”, considera o médico, num dos comentários que publicou no seu Facebook, que está acessível a todo o público. E o cirurgião remata o assunto desta forma: “Quem me conhece, sabe bem que eu nunca faria algo que pudesse afectar a privacidade ou bem-estar das pessoas ou doentes... End of story!!!” Muito loquente, o “senhor doutor”.
O caso está a provocar desagrado junto da comunidade sportinguista e de alguns amigos e subscritores do médico no Facebook. “Uma invasão da privacidade inqualificável”, considera Pedro Hélder Maia, acrescentando, referindo-se ao médico: “Embora não duvide das suas boas intenções, você devia pensar duas vezes e ter mais respeito pela pessoa que está a tratar.” O jornalista André Figueiredo, por seu turno, considera que “o senhor Manolo Vidal está fragilizado e não devia ser exposto desta forma”.
Mas há outra questão sensível além do direito que o doente tem à preservação da sua imagem. É que um médico, tal como um advogado, tem obrigações de sigilo profissional. Se um advogado não conta o crime que o seu cliente cometeu, um médico não pode mostrar um doente publicamente – seja conhecido ou anónimo. “Se os médicos desatarem a publicar doentes no Facebook, está o caminho aberto para a violação de direitos fundamentais”, adverte, por seu lado, o advogado António Gouveia Ferreira, de Vila Nova de Famalicão, que pergunta: “Onde fica o limite?”Mas há quem não dê importância ao caso: “Não me choca a foto. Se fosse publicada num jornal, podia levantar muitas questões, mas ao que parece foi no próprio mural do médico”, afirma a jornalista Rita Vaz da Silva. A questão é que uma foto publicada no Facebook até pode ser propagada muito mais facilmente do que através de um jornal impresso. Como foi, aliás, o caso da imagem de Manolo Vidal na cama do hospital.
Eis mais um problema suscitado pelos novos meios de comunicação digital, que partilho com os leitores do blogue COMUNICAÇÃO INTEGRADA. Um problema a convocar a atenção de todos os cidadãos sobre o seu comportamento na Internet e a demonstrar que as autoridades públicas governamentais deveriam apostar na educação mediática de toda a população – não só das crianças e jovens, mas também de adultos activos e idosos.

Obs. – Na imagem em cima, Manolo Vidal é o primeiro a contar da esquerda. A imagem é de 2001-2002, último ano em que o Sporting foi campeão nacional, com o treinador Lazlo Bolöni.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sporting, FC Porto e Benfica andam a dormir


O futebol português tem extraordinários executantes dentro do relvado, mas tem “players” de qualidade duvidosa nos gabinetes dos clubes, nomeadamente nos departamentos de marketing. Obviamente, há excepções, mas a regra está alinhada pelo País. E quando um País não sabe que marca deve vender no exterior, é natural que as suas empresas – ou, neste caso, os seus clubes de futebol – também não sejam nada de especial quando o assunto é marketing.
Vem isto a propósito de uma notícia segundo a qual o departamento de marketing dos brasileiros do Vasco da Gama fará mais uma homenagem a Edmundo, um ídolo eterno do clube, também conhecido por “Animal”, com o lançamento de dois modelos de camisola com o seu nome (ver aqui). Sendo um produto alusivo a um ídolo do clube, vai, certamente, ter saída.
A partir desta notícia lembrei-me de procurar, em Portugal, as camisolas de época em homenagem a Fernando Peyroteo, a Eusébio, a Cubillas, a Manuel Fernandes, a Chalana, a Fernando Gomes, a António Oliveira, a Vítor Baía, a Travassos, a Luís Figo, a Hector Yazalde, a Rui Costa, a Peter Schmeichel, a Rui Jordão, a Paulo Futre, a Humberto Coelho, enfim, a inúmeros craques do futebol português, que são glórias dos nossos grandes clubes – o Sporting, o FC Porto e o Benfica (a ordem decorre do meu sportinguismo militante). Não encontrei nenhuma. O máximo que encontrei de diferente no meu Sporting foi uma camisola branca, dita alternativa.
Quanto a camisolas, os nossos grandes clubes só pensam na camisola alternativa, segundo eles destinada a realizar receitas. Mas essa camisola alternativa só serve para retirar identidade às equipas. Ainda nesta segunda-feira, o Gil Vicente ganhou por 2-0 a uma equipa vestida de branco (Sporting), mas cujo equipamento que lhe dá identidade é formado por calções pretos e camisola com listas horizontais verdes e brancas.
As equipas de futebol em Portugal vivem, portanto, reféns de estranhas estratégias de marketing. Porque os clubes, nesta matéria, são muito permeáveis ao que vem de fora – ou aos negócios previamente acertados… – e não apostam em departamentos de marketing próprios, isto é, que pensem e que pensem pela sua cabeça. As coisas fazem-se porque o outro faz igual e quem propõe faz igual em todos os clubes. O caso das páginas dos nossos clubes na Internet é só um exemplo. No fundo, em matéria de marketing, Sporting, FC Porto e Benfica andam a dormir.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sporting na Europa. Um vídeo magnífico


O Sporting Clube de Portugal lançou um vídeo de promoção nas redes sociais do jogo desta semana com o Manchester City, a contar para a Liga Europa, em futebol. É um vídeo muito bem feito, porque dá aos adeptos do futebol uma percepção da dimensão internacional do clube leonino e deixa os sportinguistas com vontade de ir ao Estádio de Alvalade repetir sucessos de outros tempos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Um erro crasso da comunicação do Sporting


Como sportinguista, estou doente. É segunda-feira. Ontem, o meu Sporting Clube de Portugal perdeu mais um campeonato nacional de futebol no terreno do Sporting Clube de Braga, que agora vai à frente na classificação. A bola é redonda, mas dói muito quando sabemos que o clube de Alvalade tinha ido precisamente a Braga, no último defeso, contratar jogadores e treinadores para ser campeão. E agora, dentro do campo, a equipa sportinguista voltou a ser mais fraca.
Ora, do ponto de vista comunicacional, o pior que o departamento de marketing e comunicação de um clube desportivo pode fazer é perder um campeonato ao domingo e pedir o apoio dos sócios e adeptos à segunda-feira. Mas foi isso que fez o departamento de comunicação do Sporting, como se pode ler aqui. Um erro crasso, porque nenhum sportinguista que sinta o seu clube quer falar em apoio à equipa depois de uma derrota humilhante. Deveriam, pelo contrário, anunciar que as portas do Estádio de Alvalade estariam abertas no próximo jogo da Taça da Liga para que todos os sportinguistas pudessem ver o jogo com o Moreirense sem pagar. Isso é que seria comunicar com eficácia para levantar o astral leonino. O dinheiro da receita que não entraria nos cofres do clube seria transformado num investimento em marketing e em calor humano num momento difícil para a equipa de Domingos Paciência. É por isso que sectores como administração, marketing e comunicação devem caminhar lado a lado numa organização.

domingo, 28 de agosto de 2011

A comunicação do Sporting

Na campanha eleitoral que o levou à presidência do Sporting Clube de Portugal, Godinho Lopes prometeu “uma política de comunicação” para o clube. Que, de facto, não havia. Para dar corpo ao seu propósito, Godinho escolheu Carlos Barbosa, antigo patrão do "Correio da Manhã", para vice-presidente leonino responsável pela comunicação. O tal que gosta muito do microfone, mesmo para dizer o que não deve, e que, inclusive, insultou milhares de sportinguistas durante a campanha eleitoral para o clube, em Março de 2011, considerando-os “completamente burros”.
Ora, a “política de comunicação” de Carlos Barbosa aí está nas páginas de hoje do“Record”, um jornal do grupo Cofina, onde o reforço lesionado Luís Aguiar conta tudo sobre as suas maleitas. A gente não sabia que “uma política de comunicação” passava por contar tudo aos jornais, sobretudo aos da Cofina. Ou seja, continua a não haver “uma política de comunicação” em Alvalade. Se calhar é preciso mais reforços...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DECO, Sporting e Benfica. Veja as diferenças


A associação de defesa do consumidor DECO desaconselhou o investimento na SAD do Sporting Clube de Portugal e o clube de Alvalade reagiu com surpresa, face ao estranho veredicto da “primeira agência de ‘rating’ portuguesa”, como, com grande oportunidade, rotulou Rui Calafate, no seu blogue. No fundo, o que a DECO disse foi o seguinte: não invistam no Sporting porque o Sporting é “lixo”, estando "quase em falência técnica".
Já não é a primeira vez que a DECO analisa os investimentos nos clubes de futebol, aconselhando os seus associados e o público em geral. Como faz, aliás, em relação ao investimento no mais variado tipo de produtos. Desta vez, a DECO emitiu um parecer sobre o empréstimo obrigacionista lançado pela SAD do Sporting, considerando que as obrigações leoninas – que prometem uma rendibilidade de 9,25% ao ano – são de risco elevado, desaconselhando, por isso, a sua subscrição. Afinal, como, responsavelmente, alerta o próprio Sporting, na campanha de publicidade que lançou para divulgar o produto financeiro, “rentabilidades mais elevadas podem importar riscos mais elevados”.
Curiosamente, em 2010, a mesma DECO chegou à mesma conclusão ao não recomendar a compra de títulos de dívida da Benfica SAD, as quais prometiam um rendimento de 4,8% ao ano até 2013. “Não recomendamos”, foi o veredicto dos técnicos da DECO, justificando que “a Benfica SAD tem um passivo excessivo e o endividamento à banca tem um peso considerável na estrutura da empresa”.
Então o que é que mudou? Em apenas um ano, a DECO demonstrou a mesma opinião negativa sobre dois produtos financeiros semelhantes de dois clubes de futebol, desaconselhando a sua compra. A única diferença é que, enquanto o parecer negativo sobre o investimento no Benfica foi escondido por baixo do tapete das redacções dos jornais (não tendo sido notícia nos meios de comunicação de grande audiência), já o parecer negativo sobre o investimento do Sporting mereceu a maior cobertura noticiosa, porque houve alguém que agora teve a atenção que antes faltara.
Não acredito que estas más práticas jornalísticas, que contribuem para o descrédito do jornalismo, sejam fabricadas de propósito para prejudicar ou beneficiar este ou aquele clube. Mas a verdade é que estamos perante mais um caso em que a imprensa portuguesa, perante a mesma situação, usou pesos e medidas diferentes, sendo de admitir que a cor das camisolas tenha tido influência decisiva. Só assim se explica mais uma notícia negativa sobre o Sporting Clube de Portugal.