Todos
o conheceram como “um homem do Sporting”, mas Manolo Vidal (1930-2012), que
morreu nesta terça-feira, com 82 anos, na cama do Hospital da Cruz Vermelha
Portuguesa, era, sobretudo, um homem de negócios. Embora nascido em Lisboa,
considerava-se tão galego quanto os seus antepassados. Foi no futebol que se
distinguiu, como atleta e dirigente do clube de Alvalade, mantendo sempre o
controlo sobre os negócios que herdou do pai e dos tios.
Recentemente,
Manolo Vidal foi tema no blogue COMUNICAÇÃO INTEGRADA pelo facto de ter sido
alvo de um caso de violação da sua privacidade e do seu direito à imagem na
cama do hospital, com uma divulgação da sua fotografia, através do Facebook de
um médico amigo, mostrando-o já muito debilitado (ver aqui e aqui).
A
ligação ao Sporting Clube de Portugal começou na infância. Começou a ver os
jogos do Sporting com o pai e o tio no Campo Grande, em 1933. Jogou futebol nos
juniores do clube e mais tarde nos seniores, sem nunca ter deixado o seu
emprego. Começou no dirigismo do Sporting com apenas 25 anos de idade e esteve
ligado ao arranque do futsal em Portugal. Foi ainda delegado da Liga Portuguesa
de Futebol Profissional logo no seu primeiro de existência, tendo sido
considerado, um dos melhores delegados da Liga.
Em
1976, ingressou no futebol formação do Sporting, a convite de César Nascimento,
outra grande figura da formação do Sporting, e, em 1979, passou a integrar o
futebol profissional onde tem obra meritória, tendo designadamente ajudado a
ganhar os campeonatos nacionais de 1980, de 2000 e 2002 e a Taça e Supertaça
também de 2002.
Na
temporada 1999-2000, ficou célebre o seu confronto verbal com Pinto da Costa,
de que o dirigente sportinguista saiu vitorioso,pois foi o Sporting a festejar
o título nacional, o que não acontecia há 18 anos (ver aqui).
Em
1976, ingressou no futebol formação do Sporting, a convite de César Nascimento,
outra grande figura da formação do Sporting, e, em 1979, passou a integrar o
futebol profissional onde tem obra meritória, tendo designadamente ajudado a
ganhar os campeonatos nacionais de 1980, de 2000 e 2002 e a Taça e Supertaça
também de 2002.
Manolo
Vidal assistiu ao lançamento da primeira pedra da Academia Sporting, tendo
participado entusiasticamente na sua inauguração em 2002. No ano seguinte foi o
primeiro delegado do Sporting, ao primeiro jogo disputado pela equipa principal
no actual Estádio José Alvalade. Apaixonado pelo Sporting, Manolo Vidal considerava
que o clube lhe tinha dado tudo.
Dos
seus familiares, oriundos da Galiza, Manolo Vidal herdou padarias e
caixotarias. Também geriu uma papelaria, uma firma de vidros e cristais e uma
empresa de marketing, a InExtremis. Os
antepassados não eram tão dotados para a bola mas jogavam em várias frentes: “O
meu pai, que tinha estado primeiro no Brasil, deixou padarias”. Os tios tinham
descoberto “a galinha dos ovos de ouro”: a embalagem”, contou Manolo Vidal, em
tempos, entrevistado pelo “Correio da Manhã” (ver aqui). Os galegos eram muitas
vezes moços de fretes. Trabalhavam nas mudanças, no transporte. Ora, não havia
ninguém especializado em fabricar embalagens de madeira à medida das
necessidades. Os familiares de Vidal montaram uma oficina na Rua dos
Douradores. A arte ganhou um nome: caixotaria. FOTO: "A Bola"
Nenhum comentário:
Postar um comentário