A globalização, a inovação tecnológica, a democratização da informação e a abertura económica impulsionaram as empresas a obterem uma postura de aprendizagem constante que está a derrubar velhos modelos de gestão. A nova ordem, identificada há duas décadas por Peter Senge, implica uma cultura de partilha entre administradores e administrados. Partilha de objectivos e de informação. E uma capacidade de questionar a cultura e os valores da empresa, estimulando a experimentação e a aprendizagem como mecanismos de correcção do erro. Na opinião de Senge, só assim as empresas encontram uma fonte sustentável de vantagem competitiva no mundo contemporâneo. É neste contexto que ganha importância vital a comunicação interna nas empresas e nas organizações.
Vem isto a propósito do livro “Marketing Interno e Comunicação”, da autoria de Jorge Remondes, professor de Marketing da Universidade Lusíada, no Porto e em Vila Nova de Famalicão, lançado no último fim-de-semana, em Vila Nova de Gaia. Estamos perante o primeiro livro sobre marketing interno escrito por um autor português, facto que torna a obra de Jorge Remondes muito relevante. “Centra-se no estudo de uma área do marketing empresarial pouco explorada em Portugal em termos editoriais”, reconhece o autor, informando que o desenvolvimento do tema ao longo da publicação envolve uma abordagem à utilização das novas tecnologias.
O livro está dividido em duas partes: a primeira faz uma abordagem ao marketing interno, à comunicação e às novas tecnologias; na segunda parte são apresentados os resultados de um inquérito por questionário aplicado nas Pequenas e Médias Empresas do Norte de Portugal e da Galiza (Espanha). O livro, com 224 páginas, nasceu da dissertação de doutoramento do autor, em 2010, na Universidade de Vigo, facto que explica o seu cariz marcadamente académico, embora numa linguagem que está ao alcance de qualquer gestor, técnico de marketing ou estudioso de áreas como recursos humanos ou comunicação.
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