terça-feira, 11 de outubro de 2011

As patifarias do Euro 2004


Estádio de Alvalade, cheio de gente, pouco tempo antes de ser demolido

Sete anos depois, o impulso do campeonato europeu de futebol de 2004 na economia portuguesa continua a ser público e notório. A Câmara de Leiria, por exemplo, pede ao Governo que perdoe a devolução de 4,8 milhões de euros, verba que a autarquia leiriense terá de devolver ao Estado se conseguir vender parte do estádio em hasta pública. Isto para não falar nos estádios do Bessa, de Aveiro e do Algarve, onde, todas as semanas, como se sabe, inúmeros espectáculos de ar e vento atraem grandes multidões de consumidores. E que dizer de Braga, uma cidade com dois estádios, um dos quais, líndíssimo, criminosamente abandonado?... E de Lisboa, a sede de todas estas patifarias, onde foram destruídos dois estádios emblemáticos (Alvalade e Luz), trocados por outros dois, sem identidade, não tendo sido possível edificar um estádio comum para utilização do Sporting e do Benfica, porque cada um quer ter o seu quintal, ou modernizar os que existiam?... Pelas notícias que saem sobre o Orçamento de Estado para 2012, os cobradores do fraque estão aí. E sem contemplações.

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