Em poucos meses, já houve um tempo em que o “spinning” do PSD colou Pedro Passos Coelho à figura austera, meticulosa, reservada e frugal de Cavaco Silva. Porém, na sociedade da comunicação quase instantânea em que vivemos, as coisas mudam muito depressa. Como se sabe, recentemente, o Presidente da República começou a demarcar-se da política de austeridade do Governo PSD-CDS/PP, provocando grande ruído nas relações entre Belém e S. Bento. A resposta do “spinning” de Passos Coelho aparece hoje nas páginas do jornal “i”. E também no "Diário de Notícias".
A propósito da Cimeira Ibero-Americana, que decorre hoje e amanhã, no Paraguai, o jornal de Jaime Antunes anuncia que “enquanto Pedro Passos Coelho leva consigo quatro pessoas, incluindo segurança, Aníbal Cavaco Silva arrasta atrás dele um séquito de 23, no qual se incluem mordomo e médico pessoal”.
Pedro Passos Coelho é apresentado como o poupadinho. Referenciado pelo "i" como mais caro do que alguns reis europeus, custando o dobro do rei de Espanha, por exemplo, Cavaco é, assim, transformado num político gastador, que nem dispensa médico e mordomo no seu "numeroso séquito". Passos Coelho “leva consigo” e Cavaco Silva “arrasta atrás dele”. Até nos verbos escolhidos se nota que a guerra entre Belém e S. Bento está ao rubro.
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