A revista “Veja”, que é talvez a “neswmagazine” em língua portuguesa mais lida do mundo, é um exemplo de organização no espaço público mediático lusófono. Editada e impressa em S. Paulo, a “Veja”, com as suas reportagens bem escritas, em textos concisos e directos, dando-nos um olhar do centro financeiro do Brasil sobre o mundo, que conta cada vez mais, e também uma visão, por vezes implacável, sobre o País de Dilma Roussef, tem uma tiragem de 1,2 milhões de exemplares por semana. O curioso é que a edição desta semana, com data de hoje, 8 de Fevereiro de 2012, já está disponível em Portugal. Eu compro-a, todas as quarta-feiras, logo pela manhã, no meu quiosque, em Vila Nova de Famalicão. Mas se eu quiser esperar uma semana, posso ler a revista toda gratuitamente. Aliás, é possível ler gratuitamente todos os exemplares da “Veja”, desde 11 de Setembro de 1968, no seu maganífico acervo digital (ver aqui), patrocinado por um banco brasileiro.
Seria interessante saber o que é que as revistas portuguesas “Visão” e “Sábado”, por exemplo, fazem pelo seu acervo ou para serem distribuídas a tempo e horas no Brasil e em outros países de língua oficial portuguesa. Haverá alguma estratégia, editorial e comercial, para aumentarem as suas vendas e os seus leitores? Se não houver essa estratégia, então podemos concluir que o polémico acordo ortográfico da língua de Luiz de Camões não serviu para nada.
Um comentário:
Luís Paulo, as empresas crescem de acordo com o bolso, os sonhos e a visão dos seus empresários. Quando eles não conseguem ver mais além, elas só crescem até esse ponto.
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