Segundo uma pesquisa divulgada na imprensa brasileira, 40% dos empresários acham que o investimento em mídias sociais não compensa o risco. Afinal, argumentam, a presença digital não apenas aumenta a exposição, como faz com que o negócio esteja mais sujeito a críticas — que poderão ser vistas por qualquer pessoa na rede. Daí que a interação digital assuste administradores que estavam habituados somente a difundir publicidade de dentro para fora da organização, num modelo comunicação unidirecional, que não tinha em conta o que pensam os públicos.
Como podemos ler na matéria intitulada “Medo de estar na rede”, editada pelo jornal “O Globo” (ver aqui), de acordo com os empresários brasileiros ouvidos na pesquisa da Maksen Consultoria, o Facebook é mesmo a rede social mais temida. Ora, em minha opinião, só há uma solução para acabar com esse medo. E não passa por sair da rede, porque a comunicação digital bidirecional veio para ficar. Assim como a comunicação direta entre as marcas e os consumidores. Para as empresas, a solução é contratar boas assessorias de comunicação. Assessorias que saibam como comunicar e o que comunicar em cada rede social. Que saibam reagir em situações de crise. Que sejam proativas. Que tenham imaginação. Que saibam analisar corretamente o espaço público mediático. Porque na era da comunicação em rede em que vivemos não há retorno: os consumidores deixaram de ser passivos, passaram a produzir informação e a manifestar a sua opinião em pé de igualdade com as marcas.
Como diz o português João Pinto e Castro, no livro “Marketing Ombro a Ombro”, vivemos “na era do consumidor ativo, conectado e poderoso”. Por isso, não adianta nada a uma empresa sair da rede. Se sair ainda poderá ser pior, uma vez que deixará de saber o que dizem dela, não podendo minimizar os prejuízos em caso de uma crise. Muito menos poderá transformar uma crise de comunicação numa oportunidade.
Num artigo que publiquei no jornal “Briefing”, sobre a cultura de convergência comunicacional em que vivemos, referi-me precisamente ao crescimento da influência dos consumidores num mercado cada vez mais volátil e global (ver aqui o artigo completo): “O consumidor é agora mais informado e mais exigente. Assim como dá opiniões no Facebook, também quer participar na criação do produto, para adquiri-lo à sua medida, tornando o processo de aquisição e de usufruto numa experiência única. É por isso que o marketing contemporâneo deve criar experiências de envolvimento, de participação e de interação para conquistar e manter clientes.”
2 comentários:
Estou fazendo minha monografia sobre marketing digital e esse artigo me inspirou muito. Parabéns
Caro Luis, o marketing digital veio para ficar, é uma questão de tempo e mercado.
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