Quem defende uma análise global de uma situação concreta e um entendimento geral dos fenómenos tem uma visão holística da realidade que observa. Na área da saúde, por exemplo, o holismo é
uma doutrina que concebe o indivíduo como um todo que não se explica somente
através da soma das suas partes, apenas podendo ser entendido integralmente.
Nas ciências humanas e sociais, a visão da atitude holística é muito idêntica,
pois defende a importância da compreensão integral dos fenómenos e não a
análise isolada dos seus constituintes.
E no mundo da comunicação?... Hoje,
o profissional de marketing e comunicação deve estar envolvido com tudo o que
acontece na organização onde trabalha. Muito recentemente, Mauro Segura escreveu sobre isso no
Estado de S. Paulo (ver aqui). Ou seja, um profissional de marketing e
comunicação deve ter como uma das suas melhores competências uma visão
holística da empresa ou da organização para quem trabalha. Por outras palavras, a um bom profissional de comunicação pede-se que não confunda a árvore com a floresta e que tenha sempre presente a visão da floresta, para que possa entender todas as árvores. No entanto, ele não deve
confundir “visão holística” – que tem a ver com um acompanhamento global empenhado em
nome do coletivo da organização – com a necessidade de meter o nariz em tudo – procurando
obter informação privilegiada para interesse próprio.
Ao
decidir com base numa análise geral, o profissional de comunicação estará em
condições para decidir melhor e de envolver o coletivo na visão e na missão da organização.
Além disso, a comunicação só será eficaz e bem dirigida se estiver concentrada
no gabinete de marketing e comunicação. Para essa eficácia, porém, é
fundamental o envolvimento de todos, pois só assim será possível obter a
coerência da imagem interna e externa da organização. E quando estamos todos
ligados em rede – em que cada funcionário, mesmo no seu período de lazer,
pode ser porta-voz da organização no seu contato digital com o cliente –, a
necessidade de coerência na comunicação é ainda maior.
Sobre
isto, Mauro Segura vai direto ao ponto: “Comunicação externa e comunicação
interna precisam trabalhar juntas e alinhadas. Hoje, todos os funcionários são
propagadores da marca da empresa, ou melhor, porta-vozes. Por isso, é essencial
capacitá-los e torná-los agentes ativos nos programas de marketing e
comunicação da empresa.”
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