Numa
matéria intitulada "O modelo de Pernambuco", a revista britânica “The
Economist” aponta Eduardo Campos como forte candidato à Presidência do Brasil,
nas eleições de 2014. Figura em destaque na política brasileira, o Governador
de Pernambuco é presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de Cid Gomes
(governador do Ceará) e Roberto Cláudio, o novo prefeito de Fortaleza, que
conquistou a capital brasileira mais próxima da Europa numa disputa taco-a-taco
com um candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), que teve o apoio ativo de
Lula da Silva e Dilma Roussef.
Navegando
nas águas da social-democracia e do socialismo democrático, o PSB, que
conquistou bastante terreno nas eleições municipais deste ano – crescendo de 310
prefeituras para um total de 444 –, é, curiosamente, da base política de apoio
ao Governo Dilma Roussef – o que é possível no complexo jogo de alianças no
xadrez político brasileiro.
Entretanto, o presidente de honra do PMDB nacional, o cearense Paes de
Andrade, já veio defender a reeleição da presidente Dilma. “É uma mulher
extraordinária. Espero que meu primo segundo não atrapalhe”, afirmou
o dirigente histórico do PMDB, numa farpa tendo como destinatário precisamente o primo Eduardo Campos. Embora tenha perdido 169 prefeituras, o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) continua sendo o maior partido municipal no Brasil, com 1032 prefeituras (ver aqui o desempenho dos partidos brasileiros nas eleições municipais de 2012).
Ora,
segundo a revista inglesa, o pernambucano Eduardo Campos consegue ser, ao mesmo tempo, um
administrador moderno e um político à moda antiga. Qualidades que são
valorizadas no mercado político contemporâneo. Independentemente das propaladas
qualidades do líder do PSB, e da sua ambição política, que é legítima, a
verdade é que a colocação de Eduardo Campos, nesta altura do campeonato, no
lote dos presidenciáveis é capaz de não ser mal vista por Dilma Roussef, em
Brasília. Porque a popularidade do Governo Federal liderado pelo Partido dos
Trabalhadores continua em alta junto do povo que decide as eleições. E, como avisam as leis não escritas da comunicação política, quem aparece antes do tempo certo pode acabar esturricado.
Por
outro lado, além de Dilma Roussef, Lula da Silva também pode ter uma palavra a
dizer; assim como Sérgio Cabral (PMDB), que nas eleições de 2010 foi reeleito
governador do Rio de Janeiro com 66,08% dos votos, o que diz bem da aprovação
do seu trabalho, mais a mais sendo ele líder de uma capital que está a preparar
as Olimpiadas de 2016.
Para
já estamos apenas a falar de possibilidades. De qualquer modo, partilho com os
leitores a matéria da revista “The Economist” sobre Eduardo Campos, que lança
internacionalmente um possível candidato à presidência do Governo brasileiro
no ano mágico de 2014, o tal da Copa do Mundo (ver aqui).
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