No próximo sábado, 2 de Julho, vai casar o Príncipe do Mónaco Alberto II, de 53 anos – irmão de Carolina e Stéphanie. A eleita é a ex-nadadora sul-africana Charlene Wittstock, 20 anos mais nova. Ao que parece, o homem até não quer nada com a agenda mediática, mas a agenda mediática dos mexericos e vacuidades não o deixa em paz, sobretudo depois da morte do pai, Rainier III, em 2005. Um casamento real é motivo para ocupar horas e horas de televisão e páginas e páginas de jornais e revistas.
É por isso que a privatização da RTP, que sempre faz parte do programa do Governo PSD-CDS/PP, é perigosa. Quando não há critério na programação televisiva, a população fica entregue à ditadura das audiências – que tudo aceitam, passivamente, sem pestanejar. Donde, um bom canal público de televisão, que faça um caminho próprio, de verdadeiro serviço público, distinto da via popularucha, estupidificante e meramente comercial dos canais privados, é essencial no sistema mediático português.
Como já escrevi neste blogue, precisamos de um bom canal público generalista em sinal aberto, mas não precisamos de uma televisão tão gorda e tão cara como a que existe actualmente. Não precisamos da RTP 2, não precisamos da RTP Madeira, não precisamos da RTP Açores, não precisamos da RTPN, nem precisamos da RTP África, nem da RTP Memória. Mas, provavelmente, precisamos de uma boa RTP Internacional, como grande canal da lusofonia, que promova a cultura portuguesa, a economia, o turismo, “et cetera”. Os actuais sete canais poderiam, então, ser reduzidos a dois.
2 comentários:
O problema não são os 7 canais, que fossem 20.
O problema é outro.
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