Jaime Antunes, que já foi candidato à presidência do Benfica, foi contactado pelo “Público”, mas não revelou os valores envolvidos no negócio da compra do “i”, nem indicou se haverá despedimentos ou contratações na publicação. O empresário, que nesta quinta-feira vai à redacção comunicar oficialmente que será o proprietário do jornal a partir de 1 de Julho, apenas garante a continuidade do título. Também não esclareceu quem será o próximo director da publicação.
Antes de ter fundado o “Semanário Económico”, o “Jornal de Negócios” e o “Manhã Popular”, o novo patrão do “i” foi director de informação da agência de notícias ANOP, que, em 1987, por fusão com a agência Notícias de Portugal, viria a dar lugar à agência Lusa.
Um “i” minúsculo é o título do mais novo jornal diário generalista da imprensa portuguesa, cujo primeiro número foi lançado em 7 de Maio de 2009. Ocupa o quinto lugar em vendas, com uma média de 10 mil exemplares comercializados, segundo dados da Marktest relativos ao último trimestre de 2010. Mas de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela Associação Portuguesa de Controlo de Tiragens, vendeu 4482 exemplares, em média, por dia, entre Janeiro e Abril deste ano. Já o "Diário Económico" adianta que o “i” está agora a vender 8262 jornais por dia.
O “i” foi o primeiro jornal diário português de âmbito nacional nascido no século XXI e surgido numa época de crise económica. Tem uma periodicidade diária, de segunda-feira a sábado (não se publicando ao domingo, o que é uma inovação entre os diários nacionais). O “i” tem um formato mais pequeno do que os jornais convencionais, é totalmente a cores e é agrafado. Foi distinguido com os prémios "Melhor Jornal Europeu" de 2009, atribuído pela European Newspaper Award, e "Jornal mais bem desenhado da Península Ibérica" de 2009, atribuído pela Society for News Design, concurso onde ganhou um total de 31 prémios. O jornal britânico “The Guardian” considerou o jornal “i” um dos jornais mais inovadores do mundo. Em Fevereiro de 2011, o jornal “i” venceu o prémio máximo da Society for News Design (SND). O júri, formado por cinco profissionais da comunicação da Alemanha, dos Estados Unidos da América (EUA), da Rússia e do Canadá destacou o carácter inovador do projecto e considerou que o matutino lançado em 2009 pelo Grupo Lena tem o “melhor design do mundo”. O primeiro director foi Martim Avillez Figueiredo, que se manteve em funções até Abril de 2010, altura em que se demitiu, alegando que um plano de eliminação de despesas apresentado pela administração iria desvirtuar o projecto editorial inicial. Avillez foi substituído no cargo pelo jornalista Manuel Queiroz, que até então dirigia o semanário "Grande Porto", agora dirigido pelo jornalista Miguel Ângelo Pinto, que o Grupo Lena também alienou este ano. O "Diário As Beiras" e o semanário "O Algarve" foram outros jornais que o Grupo Lena alienou.
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