Uma organização, para ter uma comunicação bem gerida e eficaz, precisa, antes de mais, de concentrar toda a informação num único pólo difusor. É para isso que foram criados os gabinetes de comunicação. Para atender os jornalistas, facilitar o acesso à informação que está disponível para ser tornada do conhecimento público e transmitir coerência e organização para o exterior. Ao nível da comunicação digital é isso que está a fazer o Governo de Pedro Passos Coelho, com a criação do Portal de Portugal, que pode ser consultado aqui. Faz muito bem.
Errado ao nível da comunicação digital do Governo português é o que sempre acontecia desde os primórdios da Internet, em que cada ministério geria o seu “site”, naturalmente em registos imagéticos distintos e linguagens diferenciadas, dispersando meios e desfocando a própria mensagem governamental. Se vamos a uma loja do cidadão e podemos contactar com todos os serviços públicos disponíveis numa cidade, o mesmo deve acontecer no espaço digital, acedendo a todos os ministérios a partir de um só portal.Em tempos de crise, e num País cheio de capelas e capelinhas, argumentarão que se trata de poupar meios humanos e financeiros. Isso também acontece, mas não é o mais importante. Trata-se de comunicar melhor. De comunicar com eficácia. E de facilitar a vida aos cidadãos.
Há poucos meses, Passos Coelho anunciou a marca “Governo de Portugal”. Esperamos, agora, que todos os ministérios abandonem os seus logótipos e que seja conhecido publicamente o manual de identidade visual da marca governamental. Já era tempo de todas as instituições do Governo português comunicarem uma imagem comum.
3 comentários:
isso já foi tentado, com o portugal em acção... desastre total. Desejo boa sorte a quem tentar implementar desta vez!
Sim, mas cada ministério, na altura, continuou com a sua imagem própria. O "Portugal em Acção" acabou por ser apenas uma assinatura...
Ao nível da Comunicação Autárquica muito, mas mesmo muito está por fazer. Exemplo disso é a desvalorização que os eleitos locais dão ao gabinete de comunicação, tomando atitudes e comportamentos que em nada ajudam a transmitir uma imagem sólida, coerente e acima de tudo isenta, continuando com visões compartimentadas, inclusivé onde cada serviço tem a sua imagem, e a mensagem para os públicos é transmitida de uma forma desprovida de qualquer preocupação com a imagem da instituição.
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