Ter uma presença eficaz na Internet e nas redes sociais implica um alinhamento eficaz com a cultura do público digital que uma empresa, uma marca ou uma organização pretendem atingir com as suas mensagens, assim como um entendimento cabal dos mecanismos e processos de funcionamento de cada rede social. Até para que possamos ter uma estratégia de selecção e escolha dos espaços digitais que queremos ocupar. Esta relação cúmplice de uma marca com o seu público é essencial para uma comunicação eficaz, estabelecendo, deste modo, uma relação de fidelização com o público e do público com a marca.
As redes sociais são utilizadas, em primeiro lugar, como meio de comunicação das nossas mensagens. Mas também podem ser utilizadas para procurar informações úteis e relevantes para a nossa actividade; monitorar o que é dito sobre a marca ou a organização; saber o que fazem outras marcas ou organizações, avaliando o interesse de novos projectos lançados ou medidas que sejam tomadas por uma organização de natureza governamental.
A utilidade das redes sociais não se esgota aqui. Elas permitem também fazer um levantamento das críticas e sugestões deixadas pelos internautas, o que acaba por funcionar como uma sondagem em tempo real, e gratuita, captando o “feedback” sobre um novo produto ou um novo projecto que uma empresa ou uma organização tenha em mente ou de uma medida que um organismo governamental pense tomar ou tenha acabado de tomar.
Há uma ideia importante a reter: não importa estar presente na Internet se não formos activos e criativos. Estar na Internet é como estar na vida real. Se não formos activos, se não estudarmos, se não trabalharmos, se não tivermos método, nem estratégia, o mais provável é que a nossa existência digital se torne irrelevante e se transforme num fracasso.
Ter uma presença eficaz na Internet implica um trabalho regular, a cargo de um editor digital que seja criativo, que tenha experiência jornalística e conhecimentos em escrita digital, que entenda o que é importante para o público e para a política de comunicação da empresa ou organização. E que perceba os mecanismos da vida digital. Para uma uma pequena ou média empresa talvez seja exagerado contratar um profissional a tempo inteiro para o espaço digital, a não ser que reúna outras qualidades no campo comunicacional. O que não é fácil encontrar. Para esses casos, o melhor é contratualizar esse serviço com especialistas, em regime de “outsourcing”. Empresas ou organizações de grande dimensão, e sobretudo, que produzem um grande fluxo de informação, como é o caso de organizações que têm grande actividade pública ou que prestam serviços públicos, tais como as autarquias, justificam plenamente um bom investimento na área da comunicação digital.
Uma presença activa na Internet não significa produzir conteúdos informativos e lançá-los indiscriminadamente no ciberespaço. É preciso ter em conta o número de pessoas que potencialmente estão em linha. Não importa lançar 10 ou 20 mensagens no Facebook ou no Twitter, pela madrugada, num espaço de poucos minutos. A essa hora pouca gente estará na rede para receber a nossa informação. E se essas mensagens forem lançadas todas de uma vez, há o risco de grande parte delas não serem lidas. Por isso, o ideal é que a informação seja difundida na rede durante o horário de expediente, e de modo espaçado ao longo do dia.
Uma presença activa e eficaz de uma organização nas redes sociais pode implicar a criação de um lugar de “editor de Internet” ou “editor digital”, um profissional de extrema importância para as organizações nos dias de hoje. Porque os olhos do editor digital serão os olhos da instituição no espaço público digital. E a sua cara será também a cara digital da instituição. Por isso, o uso das redes sociais pode favorecer as marcas e as organizações, públicas ou privadas, em diversos aspectos, mas é extremamente importante que os responsáveis das marcas e das organizações, em todas as áreas, entendam como isso funciona, para não cometerem falhas.
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