No fundo, podemos dizer que a sociedade de consumo e a comunicação de massas, que parecem ter nivelado o conhecimento, o consumo e os estilos de vida à escala planetária, são agora postas em causa por consumidores mais informados e mais exigentes.
Ou seja, quanto mais o mundo caminha para um ambiente em que tudo e todos estão ligados em rede, sem barreiras físicas, sociais ou culturais, mais observamos que as pessoas, saturadas pelos enormes fluxos de informação que recebem ao longo do dia, querem “uma comunicação mais pessoal, exclusiva e singular”, como escreveu no excelente Blog Mídia 8 o jornalista e blogueiro Cleyton Carlos Torres.
De acordo com este especialista em comunicação digital, esse diálogo um-para-um mediado por máquinas e satélites demonstra que ao mesmo tempo que grandes conglomerados mediáticos amplificam os seus tentáculos de acção, a comunicação procura, cada vez mais, migrar o seu contacto para uma conversa segmentada, personalizada, entregando ao cidadão, que é produtor e consumidor de informação, grande parte daquilo que ele procura, deseja ou possivelmente almejará. Ou seja, não há mais espaço para a massificação generalizada.
Ora, acrescento eu, esta regionalização vai certamente produzir alterações significativas no mercado das empresas de comunicação, com a sua distribuição mais regionalizada, de modo a melhor servirem os seus clientes, condicionando a comunicação digital à linguagem e à cultura de cada região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário