segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fátima é uma marca poderosa


A extinção de feriados civis e católicos é um tema que está na agenda portuguesa e sobre o qual já escrevi neste blogue, como se pode ler aqui. Acossado pela crise e pelo FMI, o Governo quer reduzir feriados e pontes, em nome do aumento da produtividade.
Neste processo, lamento o modo birrento e corporativo dos responsáveis da Igreja Católica, ao terem dito que não abdicariam do feriado de 8 de Dezembro – Dia de Nossa Senhora da Conceição, no calendário religioso – e que só aceitariam reduzir feriados católicos se o Estado também extinguisse feriados civis. É por isso, e não por outra razão, que sobre a mesa está agora a extinção de quatro feriados, sendo 2 católicos (15 de Agosto, que celebra Nossa Senhora da Assunção, e Corpo de Deus, em Junho) e 2 civis (5 de Outubro, que evoca a instauração da República, e 1 de Dezembro, o feriado da restauração da independência, face ao domínio espanhol).
Como em muitas áreas da governação, não se vê um sentido estratégico. Vê-se a obsessão de cortar, procurando não desagradar muito a gregos e a troianos. Mas não se vislumbra um sentido, um contraponto positivo, que nos indique um caminho para o futuro. Eu insisto numa ideia: é um erro grave não aproveitar esta oportunidade para criar o feriado de 13 de Maio, dia de Nossa Senhora de Fátima. Por motivos religiosos, mas também turísticos e económicos.
Fátima é um símbolo de Portugal, um símbolo da Igreja Católica e uma marca poderosa em todo o mundo. Não tratar devidamente o fenómeno de Fátima – inclusive como elemento-âncora de um produto turístico-cultural de projecção internacional – é desperdiçar mais uma oportunidade para a economia portuguesa.

2 comentários:

Nadinha disse...

Eu também já tinha pensado nisso, pela simples razão de conhecer muita gente que falta nesse dia para ir a Fátima. Os outros pouco sentido fazem para a vida quotidiana das pessoas...

Nadinha disse...

Obrigada pela sua visita