O britânico Richard Hamilton, considerado o pai da “Pop Art”, movimento artístico que emergiu na década de 1950, morreu esta semana, aos 89 anos. Crítico do fascínio pela sociedade de consumo, Hamilton ficou famoso com a obra “Just What Is It That Makes Today’s Homes So Different, So Appealing?” (O que torna as casas de hoje tão diferentes e apelativas?), uma colagem fotográfica de um casal nu, com corpos perfeitos, ele segurando um chupa-chupa vermelho que esconde o sexo e onde se lê “pop” e ela mostrando as mamas e com um "abat-jour" enfiado na cabeça, numa casa onde a referência a vários produtos é marcante, destacando-se os aparelhos de som e imagem, dispositivos essenciais da comunicação de massas e da sociedade de consumo. Segundo muitos historiadores de arte, esta foi a primeira obra de arte pop a transformar-se em objecto de culto, iniciando um movimento artístico que imortalizou nomes como Andy Warhol ou Roy Lichtenstein.
Descodificando: “popular” por ser criada para as massas; “transitória” por ser de curta duração; “dispensável” por ser esquecida com facilidade; “jovem” por ser dirigida aos jovens; e “um grande negócio” por favorecer, antes de mais, o consumo.
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