A avaliar pelas últimas notícias, as leis do País não são iguais para todos. Como se sabe, o Governo formalmente liderado por Pedro Passos Coelho anunciou a eliminação dos subsídios de férias e de Natal em 2012 e 2013 para todos os funcionários públicos, por alegada imposição do FMI. Porém, surgiram logo casos excepcionais. Primeiro foi o Banco de Portugal, depois a TAP, agora são os trabalhadores da RTP (ver aqui) e de outras empresas públicas que também querem ser excepção, não se vislumbrando motivos para que não sejam a partir da justificação engendrada pelo Ministério das Finanças para dar mais dinheiro aos trabalhadores da TAP.
Estamos perante um problema grave, porquer gera a percepção pública de que há, de facto, portugueses de primeira e portugueses de segunda. Isso é o pior que pode acontecer à imagem do Governo quando Portugal precisaria de uma resposta colectiva muito forte perante a crise. É também um problema de liderança do Governo. Assim como a querela entre os ministros Álvaro Santos Pereira e Vítor Gaspar representa igualmente um problema de liderança de Pedro Passos Coelho. Porque num Governo com um líder forte todos sabem quem decide ou de quem é a última palavra.
Quando Cavaco Silva foi primeiro-ministro (1985-1995), os ministros Dias Loureiro e Fernando Nogueira também representavam dois grupos antagónicos dentro do Governo. Mas não havia dúvidas sobre quem mandava. Nem era preciso convocar reuniões do Conselho de Ministros para definir quem geria o dinheiro público. Havia liderança.
Quando Cavaco Silva foi primeiro-ministro (1985-1995), os ministros Dias Loureiro e Fernando Nogueira também representavam dois grupos antagónicos dentro do Governo. Mas não havia dúvidas sobre quem mandava. Nem era preciso convocar reuniões do Conselho de Ministros para definir quem geria o dinheiro público. Havia liderança.
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