No encerramento do congresso do PSD, Pedro Passos Coelho falou bem sobre a “revolução tranquila” que diz estar a empreender em Portugal. Demonstrou uma surpreendente sensibilidade social, acenou com uma palavra de “esperança” aos sacrificados da pátria e manifestou-se contra os privilégios que estão a distorcer a economia; contra o rolo compressor do Ministério das Finanças que mata empresas e afoga famílias; contra as parcerias público-privadas que estão a arruinar o País e a engordar a carteira de ex-ministros e afins, etc..
Curiosamente, foi quando anunciou a revisão destas escandalosas parcerias público-privadas, que serão objecto de uma comissão parlamentar de inquérito, que o líder do PSD ouviu os aplausos mais fortes do auditório. Foi um pequeno sinal do sentimento de indignação que atravessa o País.Passos Coelho falou bem, é certo. E mostrou boas intenções na governação do País. Não se comprometeu com nada, pois não tem “uma bola de cristal”, muito menos o controlo de uma situação que depende basicamente da Europa. O problema é a partir de segunda-feira. Os congressos partidários são muito bonitos. A retória dos discursos é muito sedutora. O embate com a realidade é que é terrível.
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