domingo, 15 de abril de 2012

Os erros das empresas em tempos de crise


“Há erros que são continuamente perpetrados pelas empresas, embora todas reafirmem que não mais os devem voltar a fazer.
Nestes tempos menos fáceis, há que olhar para as diversas rubricas do orçamento, e na impossibilidade de diversificar, aumentar, ou mesmo manter o lado das receitas, há que olhar para as despesas. Só que, de todas estas, há uma que desperta a cobiça logo em primeiro lugar. E qual a rubrica que um bom conjunto de empresas olha em primeiro lugar? Os valores que no seu total compõem os orçamentos de marketing e comunicação.
E, então, com uma rapidez voraz e sem olhar para as devidas consequências futuras, o corte está feito. E muitas vezes com severa radicalidade. É uma medida de muito curto prazo, que abrilhantará as fotografias do mês, e do trimestre seguinte. A partir daí, é natural que comecem a surgir as devidas consequências de medidas extemporâneas.
O marketing e a comunicação, no seu sentido lato, englobando as suas diversas e importantes componentes, são o acelerador da criação de riqueza de uma empresa. São quem cria as expectativas, os desejos, as vontades, os desafios, a notoriedade, a diferenciação; são ainda quem dá a conhecer o ADN da empresa, as suas vantagens, e escamoteia as suas possíveis desvantagens…
É óbvio que nestes tempos em que vivemos, esses fundos terão que ser usados com maior cautela e parcimónia. Mas cortá-los, ao ponto das marcas e produtos desaparecerem do radar dos clientes, levará a quebras acentuadas em toda a linha, sendo que posteriormente a sua recuperação custará muito mais do que as verbas que foram anteriormente retitradas.”

Ricardo Florêncio, no editorial da revista “Marketeer”, revista de estratégia, marketing e negócios editada em Portugal, de Abril 2012

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